Bem-vindos à Cidade dos Outros.
A Cidade dos Outros é uma novela gráfica escrita a 3 vidas.
Um ex-jornalista hippie transformado em yuppie gestor radicado no Porto revela as suas introspecções. Uma economista que sonhava ser estilista mostra o lado sensual e boémio de Frankfurt. Um fotógrafo de Évora revela as personagens de uma terra de passagem entre o Norte ocidental e a Arábia emocional.
A Cidade dos Outros pode ter mais vidas.
A de um eremita exilado na Ilha do Corvo. A de um filósofo de Lisboa que faz instalações com polímeros. A de um músico doido que faz playlists para cafés em Londres. A de um humorista de S.Mamede de Infesta que na verdade é de Leça do Balio onde há boas cervejas.
A Cidade dos Outros é uma obra de arte.
Presunçosa, incompreendida, exigente, convencida. É algo de novo e diferente. É alternativo, é vanguardista. Não serve para nada, ninguém gostará e não será nada de mais.
A Cidade dos Outros é um work in progress bloguítico.
Vive na rede. Alimenta-se das letras insanes da literatura. Mas também das imagens sensuais. Dos vídeos e da música. É todo um novo design literário que se constrói ao ritmo de Steve Jobs.
A Cidade dos Outros é uma novela.
Ao mais antigo estilo garreteniano. São episódios diários. Personagens que nos apaixonam e outras que detestamos. É um reality show. Na verdade o primeiro reality show de poesia. Onde antes de cada poema, o autor exibirá o nascimento do primeiro verso e o pormenor corporal desse parto. No caso, na folha de papel higiénico que agarrou, enquanto sentado na sanita.
A Cidade dos Outros irá provavelmente auto-destruir-se.
Mas não se apagará. Ficará gravada em pens. E se for boa, em mais do que isso. Mas a Cidade dos Outros não é estática. É energia de ondas. Podem ser estas ou outras. Toda a Cidade dos Outros pode ser mudada, a começar pelo nome – e o seu manifesto será o único de que não se guardará memória.
Bem-vindos à Cidade dos Outros.